Busco viver em prosa
O reverso do verso
O concreto, o direito
O avesso do mal-feito.
Desfeita da vida
Retorno ao verso
Pois a verdade métrica
Desperta a lógica.
O querer insólito
Do peito concreto.
A descrença mórbida
Destrói o afeto.
O que busco é tão simples
Que se faz complexo.
A vida assim, sem adjetivo
Sem ilusões, sem nexo.
O preto no branco
O verso e o reverso
O direito e o avesso
O plano e o abscesso.
Repenso o que digo
Reviso as palavras
Deponho as armas
A “sábia” só sabe que não sabe nada.
Orgulho? Dispenso!
Não me valeu de nada
Por isso, eu peço
Pense de novo, volte à largada.
Enfadonho?
Exaustivo?
Decerto, entendo
Mas a vida é ciência
Não é conta exata.
Pois pássaro sem pouso
Exaure à invernada
E, de tudo que aprendi
Compreendi que não sei nada.
Rosana Kolaga
quarta-feira, 22 de maio de 2013
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