Pensamentos torturantes
Que me cercam dia e noite
Que esmagam minha mente
E me tornam dioturno errante.
Cambaleio em passos trôpegos
Como um bêbado o faria
Tropeçando nas lembranças
De alguém que eu tive um dia
Que me propôs um castelo
Que nossos sonhos abrigaria
Mas as paredes eram de nuvem
Ou de má alvenaria
E o sonho da plebéia
De tornar-se princesa um dia
Se desfez como as paredes
Do castelo-alegoria.
E o príncepe valente
Que a tudo (disse) enfrentaria
Se lacrou em armadura
E se perdeu na ventania
E a gata-borralheira
Que se viu rainha um dia
Anda pelas ruas com o rosto pálido
Sem um traço de alegria
No seu peito só escombros
Da vida que levaria
Do sonho nunca vivido
E do fim da fantasia.
Rosana Kolaga
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