Chagas abertas
‘Inda não cicatrizadas
Nunca d’antes tocadas.
Feridas por vezes abafadas
Disfarçadas, maquiadas
Mas que ainda estão aqui.
Surgiste sem pedir licença
Desbravando mares bravios
Agora águas turvas e paradas
Sobre lençóis d’água revoltos
No entanto, solitários, soltos
A busca de nova embarcação
Que desvende teus mistérios
Exponha novamente impropérios
Mantidos em velado silêncio
E navegue, embora singelo
Mas que ‘inda cause espanto
No entanto
Em um coração cansado
Mas que insiste em continuar batendo
Lançando o sangue por túneis escuros
Alimentando extremidades
Deste corpo conservado gélido
Como se estivesse à espreita
Do sentimento mais nobre
Que se aproxima e o mal encobre
Deixando para trás a imponência dos cortes
Que ficarão esquecidos
Pelo amor que começou.
Rosana Kolaga
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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