Tenho um encontro
Comigo mesma
Com meus fantasmas
Marcado è esmo.
Em um vazio canto
De alma pálida
Pintarei cores
De forma esquálida.
Desconheço a mim
No espelho mirada
Não encontro a glória
Pela infância ansiada.
Não há o brilho dos filmes
De amor
Sozinha à deriva
Em um barco de dor.
Não sei o que vestir
Nem como me maquiar
Já conheço meus disfarces
Não quero mais me camuflar.
Nua irei ao meu encontro
De meus (pré) conceitos despida
Espero que me reconheça
E conceba minha própria vida.
Não sei se gostarei
Da pessoa à minha espera
Pois passei a vida inteira
A me espreitar pela janela.
Dor e flor
Perfume de canela
No fundo do peito resiste
Uma esperança singela.
Desça da janela,
Gentil Cinderela
Desperte deste sono
Enfrenta a vida (que é bela?)
Desça mesmo se for
Uma feiticeira velha
Estarei com os braços abertos
A esperar, seja bruxa ou donzela.
E, seja lá quem for eu
Ou quem for ela
Estarei à espera
da bela ou da fera.
Rosana Kolaga
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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