Enquanto a noite teima em não cair
Uma ânsia louca
Subitamente se apodera de mim
Como por encanto
As horas passam lentamente
Numa valsa indolente
Que parece não ter fim
Tua imagem
‘Inda guardo na lembrança
Cada vez mais nebulosa
Camuflada
Pelo negrume da solidão
Ó amor
Por que não retornas?
Noite e dia neste cais
As ondas a se quebrar nas pedras
Tua presença cada vez mais distante
E meu coração que anda errante
Trôpego
Bêbado
Cambaleante
Na neblina da noite fria
Não consegue te encontrar
As paredes do meu quarto solitário
Parecem ter encontro marcado
Sobre mim, na fria cama
Coração de porcelana
Alma sã, agora insana
Perdida num céu de nirvana
Anseia pelo ar que expiras
E que trás de teu interior
O sentimento mais profundo
Que já não cabe no mundo
Por esse motivo partiste
Min’alma vagueia triste
Nenhuma luz mais existe
Nem luar no escuro da solidão
Olho a janela buscando teus passos
No vazio do palácio da dor que não tem fim
E suspiro a todo tempo
Esperando o momento
Que regresses para mim...
Rosana Kolaga
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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